Quando a saúde publica é fortemente afetada ou sujeita a um considerável nível de ameaça, surgem efeitos colaterais perturbadores, tanto para a economia como para a sociedade. No entanto, também é do conhecimento geral que a “necessidade aguça o engenho”. Descubra, neste artigo, de que forma a pandemia COVID-19 está a servir como catalisador para a inovação, nos mais variados setores de negócio!
Como a pandemia está a mudar consumidores e empresas?
Assumida a pandemia como a “nova realidade”, começam a surgir sinais precoces de mudança no comportamento das empresas e dos consumidores. Com a ameaça da COVID-19, o teletrabalho passou a ser encarado como um método de trabalho comum, tornando-se a realidade de várias empresas e organizações. Os impactos psicológicos do distanciamento social e do isolamento levam os consumidores a restringir o seu contacto com outros, optando por alternativas remotas de consumo. Ora, este facto conduz empresários e investidores a apostar no e-commerce, em detrimento de qualquer outra forma de comércio. Hoje, mais do que nunca, assistimos a uma irrupção digital que, a longo prazo, poderá moldar os negócios do futuro.
O que há de novo?
A pandemia força os modelos de negócio a mudar. Uma atmosfera que acaba por servir como catalisador para a inovação, fazendo nascer categorias de negócio inteiramente novas. No entanto, isto não quer dizer que a pandemia seja a causa direta da inovação, ao invés, trata-se de um fator acelerador. O que acontece é que com o ritmo quotidiano fortemente afetado, as pessoas têm mais tempo para prestar atenção à novidade, dando origem a novos projetos e ideias. Entenda por que razão!
5G, Robótica, IoT (Internet of Things) e Blockchain
Em situação de pandemia, muitas falhas e ineficiências são evidenciadas. A verdade é que, no sentido de reduzir custos, várias empresas e organizações são obrigadas a diminuir encargos, levando a uma perda da qualidade do serviço prestado. Ora, este ambiente acaba por favorecer o aproveitamento de tecnologias inovadoras, como o 5G, a robótica, a IoT (Internet of Things) e ou o blockchain, para o desenvolvimento de soluções inovadoras, capazes de agilizar processos e incrementar os níveis de satisfação do público. Exemplo disto são as viaturas de condução autónoma ou os drones inteligentes de entrega ao domicílio. Autênticas amostras de inovação, estas invenções prometem mudar a forma como o setor da logística funcionará no futuro.
Mais velocidade e novas Apps
De igual modo, a pandemia serve de combustível para a rápida execução de projetos inovadores que surgem como resposta às necessidades mais inteligíveis da sociedade. Afinal de contas, durante o surto da COVID-19, a China bateu todos os recordes ao construir um hospital de 25 mil metros quadrados, em apenas 10 dias, na cidade de Wuhan, enquanto a Coreia do Sul concretizou o admirável feito de identificar, de forma rápida e expedita, 200.000 cidadãos infetados. Cidadãos estes que poderiam ser rastreados, em tempo real, através de uma APP, pelos cidadãos não infetados pelo novo coronavírus.
A Telemedicina
O impacto da pandemia no funcionamento dos sistemas de saúde em todo o mundo é inegável. Uma realidade que acabou por despertar o interesse dos profissionais de saúde na prestação de serviços à distância e que deu o mote para o surgimento daquela que é conhecida como telemedicina, um termo genérico cada vez mais popular. Com o objetivo de apoiar os seus utentes a monitorizar e fazer uma gestão consciente de sintomas, condições e resultados dos tratamentos, muitos médicos, enfermeiros, psicólogos, nutricionistas ou farmacêuticos optaram por substituir as consultas presenciais pelo skype ou outros meios de comunicação à distância.
As Cidades Inteligentes
À medida que a pandemia se estabelece como a “nova realidade”, surgem cada vez mais projetos, produtos e ideias que visam combater a propagação do vírus. Há, inclusive, quem apoie a teoria de que o investimento em cidades inteligentes irá aumentar, num mundo PÓS-COVID-19. Isto porque tê-las significa realizar uma gestão de contágio mais precisa e expedita.
Iniciativas diferenciadoras
Com o cenário de desertificação a pairar sobre as cidades, a internet apresenta-se com o refúgio perfeito para a inovação. É a navegar pela imensidão de páginas que ondulam pela Internet que encontramos iniciativas criativas para o combate à COVID-19. Ações que começam a chamar a atenção de todos, sem exceção. Exemplo disso mesmo é a plataforma digital, criada a pensar naqueles que mais sofrem com o fenómeno da iliteracia tecnológica: os mais velhos. A página “Quietinho em Casa” (link página) é um verdadeiro manual de instruções para a vida online, com orientações pertinentes sobre as guidelines que devem ser tidas em conta para cumprir, em pleno, os objetivos do isolamento social. Nela podemos encontrar uma listagem de serviços e iniciativas que asseguram entregas ao domicílio, juntamente com um conjunto de tutoriais que mostram como usufruir dos mesmos.
O universo “hands-free”
Numa era marcada pela impressão 3D e pelo desenvolvimento de software de última geração, muitos fabricantes de pequena e média dimensão começam a apostar em equipamentos “hands-free”. Exemplo disto é o produto criado pelo designer Welshman Wyn Griffiths (link do produto). Um pequeno objeto de design inteligente que permite abrir portas sem utilizar as mãos. Encaixa nas maçanetas e pode ser operado com o antebraço evitando, assim, qualquer tipo de contacto.
MEDD: Criatividade e Inovação em soluções “Hands-Free”
Já que os epidemiologistas estimam que o coronavírus é capaz de sobreviver até três dias em superfícies como aço inoxidável, também os designers da MEDD desenvolveram soluções que possibilitam a redução do risco de contágio, através de sistemas “hands-free”. Assim, para que as entidades prestadoras de serviços de saúde possam garantir a segurança dos seus trabalhadores e utentes, a MEDD criou o ControlStation. Um dispensador de álcool gel automático, com um sistema de medição de temperatura corporal integrado, capaz de certificar o uso generalizado de máscaras, em espaços fechados. Prático, acessível e moderno, o ControlStation responde às exigências atuais do controlo sanitário, diminuindo o risco de contágio e infeção dentro de portas.