Em entrevista, Miguel Moura e Castro, CEO da Medd, revela-nos alguns segredos da remodelação de farmácias, adquiridas ao longo de mais de 20 anos a desenvolver soluções de arquitetura e design para o setor. Descubra tudo, aqui!

  1. Quais são os aspetos mais relevantes na remodelação de uma farmácia?

A otimização, a funcionalidade e a rentabilidade do espaço. Nós sabemos o que fazer para tornar um espaço mais rentável e funcional. Em qualquer projeto de remodelação, é fundamental começar por identificar as deficiências do espaço e os objetivos do proprietário para depois desenvolver soluções à medida. Para ser efetivo, o resultado tem de trazer vantagens competitivas para a farmácia.

  1. Durante o projeto, qual a zona da farmácia que geralmente requer mais atenção?

Todas as zonas são fundamentais e requerem a mesma atenção. No entanto, o ponto de venda é geralmente a zona que mais interessa aos proprietários, sendo aquela que oferece maior retorno e onde grande parte da atividade farmacêutica acontece. Contudo, não podemos desconsiderar a funcionalidade de um backoffice (um aspeto fundamental para a agilização dos fluxos de trabalho) ou a importância de um mero espaço de arrumação. Enfim, todas as zonas têm a sua função e respetiva importância.

  1. Considera que os farmacêuticos portugueses têm demonstrado maior interesse em remodelações, na última década? Porquê?

Nos últimos 15 anos, o mercado português tem vindo a mudar. Não há muito tempo, a atividade farmacêutica estava mais focada no aconselhamento e na venda de medicamentos à comunidade. Hoje, o cenário é outro. Os proprietários das farmácias portuguesas procuram oferecer mais aos seus utentes. Uma experiência de compra mais completa e exclusiva, onde o design é cada vez mais encarado como um recurso que está ao serviço da saúde.

  1. O que distingue o design das farmácias portuguesas do design das farmácias francesas?

Cada comunidade tem os seus gostos e as suas tradições. Não há como comparar ou distinguir. Obviamente que a escolha de materiais ou a seleção do sistema de cores são aspetos que variam, o que significa que cada projeto requer um estudo de mercado extensivo e detalhado. Situação que acontece mesmo em território nacional. Ou seja, uma farmácia situada no norte do país não é igual a uma farmácia situada no sul do país. As vivências e os objetivos dos proprietários ditam a forma como cada solução de arquitetura ou design se desenvolve, independentemente do país ou da região onde trabalhamos.

  1. É sabido que as farmácias independentes têm maior liberdade no design de interiores do que os estabelecimentos pertencentes a grandes grupos farmacêuticos. Elas fazem uso desta liberdade ou continuam conservadoras e tradicionais?

Existe um pouco de tudo. Pessoas que são mais conservadoras e pessoas que procuram ser mais ousadas. Muitas farmácias são independentes precisamente porque querem ter um espaço diferente e oferecer uma resposta distinta das demais. A realidade é que, com o crescimento do mercado digital, as farmácias dão cada vez mais importância à sua identidade visual e apostam em soluções cada vez mais inovadoras.

  1. Como vê a presença do digital e da tecnologia nas farmácias?

No design de interiores, é importante criar uma experiência multissensorial assistida não só pela tecnologia, como também pelas plataformas digitais que temos à nossa disposição. A verdade é que o digital é o presente e o futuro das farmácias.  Equipamentos como o ControlStation, por exemplo, assistem o consumidor durante a experiência de compra, garantindo a sua segurança e o seu bem-estar. Etiquetas eletrónicas ou ecrãs interativos são recursos cada vez mais procurados. A tendência é – sem dúvida – continuar a integrar recursos tecnológicos no design de espaços dedicados à prestação de serviços e cuidados de saúde, porque o mercado e as pessoas assim o exigem.

  1. Quais os aspetos mais desafiantes de uma remodelação?

Já me passou de tudo pelas mãos. São muitos anos a trabalhar neste setor e posso dizer que pouco me surpreende. O que é certo é que com experiência e conhecimento, qualquer surpresa ou contratempo pode ser facilmente solucionado.

  1. O que o fascina no mundo da arquitetura e do design de interiores?

Neste mundo da arquitetura e do design, aquilo que mais me fascina é – sem dúvida – a resolução de problemas. No fundo, estas disciplinas surgem como respostas a problemas reais. Quando desenvolvemos um projeto, desenhamos uma peça de mobiliário ou falamos de ergonomia, estamos sempre à procura de colmatar uma carência. Trata-se do “espicaçar” da inteligência, da criatividade e da emoção para tornar a vida das pessoas mais prática, funcional e segura. Quando aliamos tudo isto ao setor da saúde, temos um acréscimo de responsabilidade. Ou seja, mais que solucionar problemas, procuramos melhorar a vivência dos pacientes, ao incrementar os seus níveis de segurança, bem-estar e satisfação.

MEDD: a sua farmácia, em boas mãos!

Com a MEDD, poderá contar com uma equipa multidisciplinar de profissionais experientes que o acompanham durante todas as fases do seu projeto de remodelação. Com soluções chave-na-mão e mais de 20 anos de experiência a desenvolver projetos para o setor da saúde, a MEDD dispõe do conhecimento de causa necessário para materializar todas as suas ambições!

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