O termo Japandi surge da fusão das palavras “Japonês” e “Scandi”, combinando a simplicidade do minimalismo oriental com a praticidade do estilo escandinavo. As principais características deste estilo são a funcionalidade e a simplicidade da forma.

De facto, estas abordagens ao design de interiores sempre demonstraram ter uma certa afinidade estética. Ainda em meados do século XX, designers e arquitetos escandinavos, como Paul Kjærholm ou Kaare Klint, começaram a fazer adaptações interessantes da cultura decorativa japonesa, com peças de mobiliário emblemáticas como o banco desdobrável PK-91 ou o candeeiro de papel.

Também o modernismo escandinavo foi fortemente influenciado pela arquitetura japonesa, com a sua abundância de madeira, motivos naturais e formas orgânicas. Uma relação que deu origem ao estilo Japandi, combinando o bom senso da decoração escandinava com a sobriedade japonesa.

Banco desdobrável PK-91 de Paul Kjærholm & Candeeiro Le Klint – modelo 101 – de Kaare Klint  | Créditos das imagens: fritzhansen.com

A proximidade à natureza é a filosofia dominante do estilo Japandi. Uma herança que recebe quer da filosofia japonesa Wabi-Sabi, como do conceito nórdico Hygge (pronuncia-se “huga” em português). Ambos reforçam a importância dos pequenos prazeres da vida, preconizando a beleza na sua forma mais pura e natural.

Assim, enquanto o Hygge sublinha a importância da ergonomia, o Wabi-Sabi reforça a nobreza do inacabado, do imperfeito ou até do danificado. Daí a predominância de materiais naturais (como a madeira, o linho, o rattan, o vime, o bambu, a pedra ou a cerâmica) em interiores Japandi. Uma estética onde a assimetria, a rusticidade e a modéstia dos materiais são características indispensáveis. Por isso mesmo, também não podem faltar elementos vivos, como plantas, neste tipo de interior.

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No estilo Japandi, apenas a geometria natural é aceitável. Isto é, vasos ovais, mesas redondas ou balcões de atendimento retangulares.

Também as gavetas sem puxadores ou paredes texturizadas são características destes ambientes.

Uma vontade de simplificar que se reflete também na altura do mobiliário (que deve ser baixo) ou na fluidez de circulação.

Tal como no minimalismo, menos é mais neste estilo de design. Portanto, quando o tema é “acessórios & decoração”, a escolha recai sobre peças de cerâmica feitas à mão ou relógios de parede que servem mais do que apenas decoração. Acima de tudo, é preciso ter atenção à intencionalidade.

No estilo japandi, todos os elementos devem servir uma função para não sobrecarregar o espaço ou causar fatiga visual. Devido a esta característica, este estilo é ideal para espaços domésticos ou ambientes comerciais pequenos.

Um dos elementos mais importantes do estilo Japandi é a paleta de cores. Tons naturais combinados com cores frescas como o rosa, o azul ou verde.

Detalhes em preto para acentuar elementos do design, criar profundidade ou pontos focais.

Neste estilo de design, a simplicidade das formas e a falta de cores brilhantes proporcionam o cenário perfeito para o relaxamento.

Por último, outra exigência deste estilo é que o mobiliário envelheça graciosamente. Aqui, considera-se que as coisas melhoram com a idade e podem ser facilmente reparadas: especialmente o mobiliário.

Por exemplo, a rugosidade da madeira natural, mesmo que mude de cor com o tempo, não perde a sua aparência estética e ainda ganha mais personalidade. Assim sendo, acredita-se que as marcas dos materiais ajudam a contar a história do espaço, oferecendo-lhe carácter e interesse visual.

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