Se está prestes a renovar, é natural que se depare com algum tipo de “terminologia desconhecida”, daquela que faz “franzir o sobrolho”. Afinal, arquitetos e empreiteiros tendem a adotar uma linguagem técnica, própria da profissão, que só eles parecem entender. E no meio de tanta tecnicalidade, quem não se sente perdido? Foi precisamente a pensar nisto que decidimos reunir e explicar, neste artigo, os 7 termos que mais questões levantam aos nossos clientes. Explore connosco o complexo léxico da renovação!
– Anteprojeto
O principal objetivo do anteprojeto é descrever e explicar as soluções arquitetónicas previstas para o espaço. A partir dele, o cliente escolhe como renovar o seu espaço comercial, de acordo com o seu estilo e gosto pessoais.
Aqui, a dimensão do espaço, a harmonização do local, as exigências funcionais da atividade e os requisitos estéticos do setor são aspetos que devem ser tidos em consideração. Como o próprio nome indica, ele antecede o projeto de execução e – depois de aprovado pelo cliente – segue para licenciamento na Câmara Municipal e demais entidades envolvidas no processo.
– Chave na mão
“Chave na mão” refere-se a um processo de construção ou reabilitação completo. Um processo onde renovar significa confiar todas as fases e etapas do processo à entidade que se compromete a cumpri-las. O processo só é concluído quando o espaço está “tecnicamente pronto a abrir”, com absolutamente tudo o que precisa para trabalhar.
– Croquis
Também apelidado de “esquisso”, um croquis refere-se ao primeiro esboço do projeto. Essencialmente, trata-se de uma forma rápida do arquiteto apresentar ao cliente a solução que tem em mente para determinado espaço.
Embora possa conter uma lista provisória de cores ou materiais, um croquis subentende o desenho livre das primeiras ideias, sem medidas rígidas ou precisão. A palavra “croquis” é um estrangeirismo, de origem francesa que, na língua de camões, tem “exatamente com o mesmo significado” que os nomes masculinos “esboço” ou “rascunho”.
– Levantamento
Na fase de levantamento é feita a recolha e análise de informações técnicas relativas à edificação, “sem verificação de estruturas e sistemas não aparentes”. Os dados recolhidos são transcritos para uma planta que serve como ponto de partida para a proposta.
– Licenciamento
O licenciamento é um procedimento legal que consiste na submissão do projeto de arquitetura e especialidades à Câmara Municipal e demais entidades externas. Só depois de obter o seu parecer, é possível fazer o pedido de alvará de construção e começar a renovar.
– Memória Descritiva
A memória descritiva é a base do projeto. Ela descreve todas as suas características. Desde os princípios que sustentam a intervenção, aos aspetos técnicos que garantem a sua rentabilidade. Essencialmente, a memória descritiva é uma proposta que serve como guião para a renovação, desde a definição do conceito ao último acabamento.
– Projeto de Execução
O projeto de execução refere-se à última etapa do projeto de arquitetura. Por isso, deve respeitar os níveis de rigor inerentes à execução de obra, garantindo a correta descrição de todas as etapas e elementos envolvidos no processo.
Nesse sentido, para além do caderno de encargos, deverão estar incluídos no projeto de execução todos os elementos que guiam a empreitada, como processos construtivos ou materiais. Para facilitar a vida de todos os intervenientes, ele deve ser de fácil e rápida interpretação.